segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Rochedos e Sereias

Uma exceção. Quem estiver "lendo" os episódios integralmente pode pedir (por imeio, vejam o endereço na página das disciplinas) a minha tradução inteira das sereias. Acho que aqui vale a pena. CWG.


O superior, o reverendíssimo John Conmee, S. J., acertou seu relógio polido no bolso interno ao descer os degraus do presbitério. Cinco para as três. Dá tempo direitinho de caminhar até o Artane. Como era mesmo o nome daquele rapaz? Dignam, sim. Vere dignum et iustum est. O irmão Swan era a pessoa a se ver. A carta do senhor Cunningham. Sim. Agradá-lo, se possível. Um bom católico pragmático: útil em tempo de missões.
Um marujo perneta, pendulando-se adiante com trancos pregui
çosos de suas muletas, rugiu algumas notas. Ele estacou em um tranco defronte ao convento das irmãs de caridade e estendeu um gorro pontudo de esmoler na direção do reverendíssimo John Conmee, S. J. O padre Conmee abençou-o sob o sol pois sua bolsa continha, ele sabia, uma coroa de prata.
O padre Conmee atravessou para a pra
ça Mountjoy. Ele pensou, mas não por muito tempo, em soldados e marujos, cujas pernas foram arrancadas a tiros de bolas de canhões, terminando seus dias em alguma ala de indigentes, e nas palavras do cardeal Wolsey: Se eu tivesse servido meu Deus como servi meu rei ele não me teria abandonado em meus dias de velhice. Ele caminhava pela sombrárvore de folhas que piscavam ensolaradas e em sua direção veio a esposa do senhor David Sheehy, M. P.
Muito bem, muito bem mesmo, padre. E o senhor, padre?
O padre Conmee estava mesmo maravilhosamente bem. Ele iria at
é Buxton provavelmente por causa das águas. E seus meninos, estavam se dando bem no Belvedere? De verdade? O padre Conmee ficava mesmo muito feliz em ouvir isto. E o próprio senhor Sheehy? Ainda em Londres. A casa ainda estava reunida, é claro que estava. Um tempo lindo, esse, delicioso mesmo. Sim, era muito provável que o padre Bernard Vaughan viesse novamente para pregar. Ah, sim: um enorme sucesso. Um homem realmente maravilhoso. (1-25)

***

Uma cavalgada em trote manso ao longo do cais Pembroke passava, batedores saltando, saltando nas, saltando nas selas. Casacas. Parassóis cremes. (795-6)
Alegres passaram
à frente de seus olhos frescos inamistosos, não velozes. Nas selas dos líderes, líderes aos pulos, cavalgavam batedores. (1036-7)


***

Bronze junto a ouro, a cabeça da senhorita Kennedy junto à cabeça da senhorita Douce, surgiram sobre a persiana do hotel Ormond. (962-3)
Sobre a persiana do hotel Ormond, ouro junto a bronze, a cabe
ça da senhorita Kennedy junto à cabeça da senhorita Douce observou e admirou. (1197-9)



***

Bronze junto a ouro ouviram cascosferros, açonantes.
Imperthnthn thnthnthn.
Lascas, tirando lascas dedounha pedregosa, lascas.
Horrenda! E ouro mais corou.
Nota rouca um floreio um flautim.
Floreio. Afloram flores no
Cabelouro pinacular.
Uma rosa aos saltos em cetinados seios de cetim, rosa de Castilha.
Trinando, trinando: Idolores.
(1-9)

***

Bronze junto a ouro, a cabeça da senhorita Douce junto à cabeça da senhorita Kennedy, por sobre a persiana do bar Ormond ouviram os cascos do vicerrei passar, soando em aço.
É ela? perguntou a senhorita Kennedy.
A senhorita Douce disse sim, sentada com sua exc., cinza p
érola, eau de Nil.
Que contraste invulgar, a senhorita Kennedy disse.
Quando plena de entusiamos, a senhorita Douce disse ansiosa:
Olha só o sujeito com a chaminé.
Quem? Onde? ouro perguntou mais ansiosa.
Na segunda carruagem, os lábios úmidos da senhorita Douce disseram, rindo sob o sol. Ele está olhando. Deixa eu ver.
Disparou, bronze, para o canto mais fundo, achatando o rosto contra a janela em um halo de alento apressado.
Seus l
ábios úmidos em risota:
Vai quebrar o pescoço.
Ela ria:
Cruzes! Os homens não são uns idiotas completos?
Com tristeza.
A senhorita Kennedy saltou triste da luz clara, retorcendo um cabelo solto atr
ás da orelha. Saltando triste, ouro já não mais, torcia retorcia um cabelo. Triste retorcia ao saltar cabelo ouro por trás de curva orelha.
É eles que se divertem, triste então disse.
Um homem.
Bloomquem passava pelos tubos da Moulang, portando em seu peito as do
çuras do pecado, pelas antigüidades da Wine's, na memória portando doces pecaminosas palavras, pela salva surrada e obscura da Carroll's, para Raoul. (64-88)

***

Sustentando erguida a tampa ele (quem?) olhava para dentro do caixão (caixão?) as cordas (de piano!) triplas e oblíquas. Ele apertou (o mesmo que apertou indulgente a mão dela), abafando com pedal, uma tercina de teclas por sentir a espessura do feltro avançar, ouvir agir martelos em surdina. (291-4)

***

Olá. Para onde? Comer alguma coisa? Eu também estava justamente. Aqui mesmo. O quê, o Ormond? O melhor custobenefício de Dublin. É mesmo? Salão de jantar. Ficar lá sentado bem quietinho. Ver, não ser visto. Eu acho que vou com você. Venha. Richie abriu caminho. Bloom seguia pasta. Jantar digno de um príncipe. (356-9)

***

Meu Deus, vocês lembram? Ben basto Dollard disse, virando-se do teclado castigado. E, meu santinho, eu nem tinha uma roupa de ver Deus.
Eles riram todos os tr
ês. Ele não tinha rou. Riu todo o trio. Não tinha roupa de ver Deus. (472-5)

***

O senhor Dedalus riscou, zuniu, acendeu, baforou uma saborosa baforada depois
Irlandesa? Eu não sei mesmo. É irlandesa, Simon?
da outra depois com vigor, uma baforada, forte, saborosa, estralejante.
(509-11)

***

Os tenores arrumam mulheres sem nem precisar cantá-las. Aumenta o fluxo. Jogam flores aos pés deles. Quando vamos nos encontrar? Minha cabeça toda. Tine deleitoso. Ele não pode cantar para as cartolas. Sua cabeça toda rroda. Perfume para ele. Que perfume a sua esposa? Eu quero saber. Tim. Pára. Bate. Última olhada sempre no espelho antes de ela abrir a porta. A sala. Lá? Como vai? Eu vou bem. Lá? O quê? Ou? Balas de menta, beijos doces, em sua bolsa. Sim? Mãos buscaram suas opulentas. (686-92)

***

Richie, admirando, decantava tal voz esplendorosa. Ele lembrava uma noite há muito tempo. Nunca esqueceria aquela noite. Si cantou Foram fama e posição: na casa do Ned Lambert, fora. Pelo amor do bom Jesus que ele nunca tinha ouvido em sua vida inteira uma nota como aquela nunca ouvira então, falsa, melhor nos separarmos tão clara tão Jesus ele nunca ouviu vivendo não mais o amor uma voz límpida não mais pergunte ao Lambert ele pode te dizer também.
Goulding, um rubor batalhando em seu p
álido, contou ao senhor Bloom, rosto sobre a noite, em que Si na casa de, Dedalus, Lambert, cantou Foram fama e posição.
Ele, o senhor Bloom, escutou enquanto ele, Richie Goulding, contava a ele, o senhor Bloom, sobre a noite em que ele, Richie, ouviu a ele, Si Dedalus, cantar Foram fama e posi
ção na casa dele, Ned Lambert. (778-88)

***

George Lidwell disse-lhe verdadeira e veramente: mas ela não acreditou.
Primeiro cavalheiro disse a Mina que era mesmo. Ela perguntou se era mesmo. E segundo caneco lhe disse o mesmo. Que era mesmo.
A senhorita Douce, senhorita Lydia, n
ão acreditou: a senhorita Kennedy, Mina, não acreditou: George Lidwell, não: nhorita Dou não a: primeir, o primei: cavalhei com canec: creditar, não, não: não acr, orita Kenn: Lidlydiawell: o canec. (815-20)

***

Um carro de praça, número trezentos e vinte e quatro, conduzido por Barton James residente do número um da avenida Harmony, em Donnybrook, em que sentava-se um passageiro, um jovem cavalheiro, vestido com estilo em um terno azulíndigo de sarja feito por George Robert Mesias, corte e costura, estabelecido no número cinco do cais Eden, e usando um chapéu de palha muito chic, comprado de John Plato, no número um da rua Great Brunswick, chapeleiro. Ãh? É este o tinido que jogava e retinia. Perto dos tubos luzidios de Agendath da loja de porco de Dlugacz trotava uma égua de quartos galantes. (878-85)

***

Como dito anteriormente ele mastigava destemperadamente os órgãos internos, […] (519-20)
Bloom comia fíg como dito anteriormente. (569)
[…]
em nada como a voz das cordas ou palhetas ou comèquechama saltérios [evocando a expressão de Bloom em Lotófagos...] (675-6)
Os sapatos castanhos de d
ândi de Rojão Boylan rangeram no chão do bar, dito anteriormente. Tinido junto a monumentos de sir John Gray, Horatio maneta Nelson, reverendo padre Theobald Matthew, gingou, conforme dito anteriormente agora mesmo. (761-3)
É
este o tinido que jogava e retinia. (883-4)
No roseiral de Gerard da alameda Fetter ele caminha, castanhencanecido. Uma vida
é todas. Um corpo. Faça. Mas faça. (907-8)
Assustando entreouvinte engraxate campon
ês menino engraxate Bloom no corredor do Ormond ouviu urros e rugidos de bravo, gordo estapear de ombros, suas botas engraxadas marchando, engraxadas não pelo menino, o engraxate. Coro generalizado de um gole para arrematar. Bom que eu evitei. (1142-5)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cila & Caribde

Polido, por reconfortá-los, ronronava o bibliotecário quacre:

– E nós temos, ou acaso não teremos, aquelas inestimáveis páginas do Wilhelm Meister? Um grande poeta a respeito de um grande poeta irmão. Uma alma hesitante pegando em armas contra um mar de problemas, dilacerada por dúvidas conflitantes, como se vê na vida real.

Adiantou-se de um passo em um passo sincopado em courovacum rangente e retrocedeu sincopado de um passo no solo solene.

Um funcionário sem ruídos pondo aberta a porta mas só um pouco fez-lhe um sinal sem ruídos.

– Imediatamente, disse ele, rangente a caminho conquanto ficando. O belo e inócuo sonhador que se vê lamentando fatos duros. Sente-se sempre serem tão verazes os juízos de Goethe. Verazes em uma análise mais ampla.

Rerrangentemente análise galhardo saiu. Calvo, zelosíssimo à porta cedeu a orelha larga inteira às palavras do funcionário: ouviu-as: partiu.

Dois restaram.

– Monsieur de la Palisse, Stephen rezingava, estava vivo quinze minutos antes de sua morte.

– Você encontrou aqueles seis bravos estudantes de medicina, John Eglinton perguntou com o fel dos mais velhos, para escrever O Paraíso Perdido enquanto você dita? As mágoas de Satã, ele o entitula.

Sorriso. Sorria o sorriso de Cranly.

Primeiro ele a cutuca

Depois alisa bem

Depois passa o cateter feminino.

Pois estudava medicina,

Um estudante dos anti...

Eu sinto que você precisaria de um a mais para o Hamlet. O sete é muito caro à mente mística. Os reluzentes sete nas palavras de WB.

Brilhosolhos, seu crânio rufo perto da lâmpada coberta verde buscava o rosto, barbado entre a sombra mais verdescura, um ollav, santosolhos. Ria baixo: riso de bolsista da Trinity: irrespondido.

Satã orquestral, chorando muitas cruzes

Quais lágrimas angélicas.

Ed egli avea del cul fatto trombetta.

Mantém reféns minhas excentricidades.

Os onze leais homens de Wicklow de que Cranly precisava para salvar sua pátria. Kathleen diastema, seus quatro belos campos, o estranho em sua casa. E mais um para saudá-lo: ave, rabbi. Os doze de Tinahely. À sombra da comba convoca-os carpindo. Dei-lhe a juventude de minha alma, noite após noite. Vá com Deus. Boa caça.

Mulligan está com meu telegrama.

Loucura. Persista.

***

Com que então, biltre, aquela libra que vos emprestou quando estivestes faminto?

Pardelhas, eu precisava.

Tomai este maravedi.

Apre! Gastastes quase tudo na casa de Georgina Johnson, a filha do clérigo. Remorsura do inteleito.

Pretendeis devolver-lhas?

Ah, sim!

Quando? Agora?

Bem... não.

Quando, então?

Paguei minha cota. Eu paguei minha cota.

Em frente. Ele vem de além Boyne. O extremo nordeste. Você lhe deve.

Espere. Cinco meses. Moléculas todas mudam. Eu sou outro eu agora. Outro eu pegou a libra.

Pfuit, os artistas estão aqui.

Mas eu, enteléquia, forma das formas, sou-me de memória porque sob formas mutáveis.

Eu que pequei e rezei e jejuei.

Uma criança que Conmee salvou da palmatória.

Eu, eu e eu. Eu.

A.E. I. O. U.

A.E. e/ou eu, ai. Eia, hei de pagar.

– Você pretende atacar frontalmente uma tradição de três séculos? A voz resmunguenta de John Eglinton perguntou. O fantasma dela pelo menos repousou para sempre. Ela morreu, para a literatura pelo menos, antes de ter nascido.

– Ela morreu, Stephen retorquiu, sessentessete anos depois de ter nascido. Ela o viu entrar e sair deste mundo. Ela aceitou seus primeiros abraços. Carregou seus filhos e depositou moedinhas em seus olhos para manter-lhe as pálpebras cerradas em seu leito de morte.

O leito de morte da mãe. Vela. O espelho com um lençol. Quem me trouxe para este o mundo repousa ali, olhos de bronze, sob poucas flores pobres. Liliata rutilantium.

Chorei só.

John Eglinton olhava o verme fosforenroscadescente de sua luminária.

– O mundo acredita que Shakespeare cometeu um engano, ele disse, e livrou-se dele o mais rápido e o melhor que pôde.

– Asneira! Stephen disse rudemente. Um homem de gênio não comete enganos. Seus erros são volitivos e são os portais da descoberta.

Portais da descoberta se abriram para fazer entrar o bibliotecário quacre, calçado de rangidos leves, calvo, orelhado e aplicado.


***

– O ônus da prova está com vocês e não comigo, ele disse, fechando o rosto. Se vocês negam que na quinta cena do Hamlet ele a marcou com a infâmia, digam-me por que não há qualquer menção a ela durante os trintequatro anos entre o dia em que ela o leva para a cama e o dia em que o leva para a cova. Todas essas mulheres viram seus homens no fundo: Mary, seu bomhomem John, Ann, seu pobre e velho Willun, quando não é que ele me morre, enfurecido por ser ele o primeiro a ir, Joan, seus quatro irmãos, Judith, seu marido e todos seus filhos, Susan, seu marido também, enquanto que a filha de Susan, Elizabeth, nas palavras do vovô, casou com seus segundo, tendo matado seu primeiro. Ah, sim, menção existe. Nos anos em que ele estava vivendo à larga na Londres da realeza para pagar uma dívida ela teve de emprestar quarenta shillings de um pastor de seu pai. Expliquem vocês então. Expliquem também o canto do cisne por meio do qual ele a recomendou à posteridade.

Ele encarou seu silêncio.

A quem desta maneira Eglinton: Você se refere ao testamento.

Foi explicado, creio, por juristas.

Tinha direito ao dote de viúva

Por lei comum. Que ele conhecia bem

Dizem-nos bons juízes.

Ri-se dele Satã,

Bufão:

E assim ele esqueceu seu nome

Na primeira versão, mas mencionou

Presentes para a neta, para as filhas,

Para a irmã e os camaradas de Stratford

E Londres. E depois sendo ele instado,

Creio eu, a citá-la

Ele entregou-lhe sua

Segundamelhor

Cama.

Punkt

Entregoulhessua

Segundamelhor

Entregoulhessua

Camelhor

Camegunda

Suacama.

Opa!


***

Separação. O momento é agora. Onde então? Se sócrates deixar sua casa hoje, se Judas sair hoje à noite. Por quê? Jaz no espaço o que em tempo me aguarda, inelutavelmente.

Minha vontade: sua vontade que me arrosta. Mares por entre.

Um homem saiu por entre eles, curvando-se, cumprimentando.

– Bom dia novamente, Buck Mulligan disse.

O pórtico.

Aqui observei os pássaros em busca de augúrios. Aengus dos pássaros. Vão, vem. Eu voei ontem à noite. Voei fácil. Homens espantados. Rua de rameiras depois. Um melão frutacreme ele me estendia. Entre. Você vai ver.

– O judeu errante, Buck Mulligan sussurrou com o pavor do palhaço. Você viu o olhão dele? Ele olhava para você para te cobiçar. Temo por ti, marujo antigo. Ah, Kinch, estás em perigo. Arranja calças mais grossas.



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Éolo & Lestrigões

NO CORAÇÃO DA METRÓPOLE HIBÉRNICA

Diante da coluna de Nelson bondes ralentavam, trocavam trilhos, mudavam troles, partiam para Blackrock, Kingstown e Dalkey, Clonskea, Rathgar e Terenure, parque de Palmerston e Upper Rathmines, Sandymount Green, Rathmines, Ringsend e a torre de Sandymount, Harold’s Cross. O controlador da Dublin United Tramway Company urrava rouco suas saídas:

– Rathgar e Terenure!

– Embarque, Sandymount Green!

À direita e à esquerda paralelos repicando ressoando um chopeduplo e um convencional partiam de seus terminais, dobravam para a linha que descia, deslizavam paralelos.

– Partida, parque de Palmerston!

O PORTADOR DA COROA

Sob o portal do escritório geral dos correios engraxates clamavam e poliam. Estacionados na rua North Prince os carros cinabrinos do correio de Sua Majestade, levando em seus flancos o monograma real, E. R., recebiam arremessadas com estrépito sacas de cartas, cartõespostais, cartões, embrulhos, segurados e pagos, para entrega local, provincial, britânica e transoceânica.

CAVALHEIROS DA IMPRENSA

Rudebotas de carrinhadores rolavam barris baqueocantes dos depósitos Prince e os largavam sobre a carreta da cervejaria. Sobre a carreta da cervejaria largavam-se baqueocantes barris rolados por Rudebotas de carrinhadores dos depósitos Prince.

– Está aí, Rufo Murray disse. Alexander Shawes.

– Só recorte para mim, está bem? o senhor Bloom disse, que eu vou levar até o escritório do Telegraph.

A porta do escritório de Rutledge rangeu de novo. Davy Stephens, sumido em um grande capeirão, chapelinho de feltro coroando seus cachos, passou com um rolo de papéis sob a capa, um mensageiro do rei.

A longa cisalha de Rufo Murray retiraram a fatia do anúncio do jornal em quatro talhes limpos. Tesoura e cola.

– Eu vou passar pelas rotativas, o senhor Bloom disse, apanhando o quadrado cortado.

– É claro que se ele quiser um entrefilete, Rufo Murray disse francamente, caneta atrás da orelha, nós podemos fazer um para ele.

– Certo, o senhor Bloom disse com um aceno de cabeça. Eu vou frisar isso.

Nós.

WILLIAM BRAYDEN, ESQUIRE, DE OAKLANDS, SANDYMOUNT

Rufo Murray tocou o braço do senhor Bloom com a cisalha […] (7. 0-40)

Ele atravessou na esquina da rua Nassau e deteve-se diante da vitrine da Yeates and Son, avaliando os binóculos. Ou será que eu vou dar uma passada no velho Harri e trocar uma palavrinha com o jovem Sinclair? Sujeito de bonsmodos. Provavelmente está no almoço. (551-4)

Vozes altas. Seda solquente. Arreios tinindo. Tudo por uma mulher, o lar e as casas, teias de seda, prata, ricos frutos picantes de Jaffa. Agentah Netaim. Riqueza do mundo.

Quente maciez humana acomodou-se em seu cérebro. Que cedeu. Perfumes de abraços o todo assaltaram. Com carne faminta, obscuro, mudo sequiava adorar.

Rua Duke. Chegamos. Tenho de comer. O Burton. Me sentir melhor depois. (634-9)

Vinho molhava macio rolava miolo de pão de mostarda um momento insípido queijo. É um bom vinho. Estou sentindo melhor o gosto porque não estou com sede. O banho é claro faz isso. Uma mordida só ou duas. Depois lá pelas seis eu posso. Seis, seis. O tempo já vai ter passado então. Ela... (850-3)

- Ah, senhor Bloom, como vai?

- Ah, como vai, senhora Breen?

- E o que é que eu ganho reclamando? Como vai indo a Molly? Faa décadas que a gente não se vê.

- Supimpa, o senhor Bloom disse alegre, a Milly arrumou um emprego lá em Mullingar, sabia?

- Não me diga! Mas não é uma maravilha?

- É, com um fotógrafo. Avançando que nem fogo morro acima. E como anda a vida?

- Ainda na lista do padeiro, a senhora Breen disse.

Quantos ela tem? Nenhum mais à vista.

- Mas o senhor está de preto. Não seria um...

- Não, o senhor Bloom disse. Eu acabei de voltar de um enterro.

Isso vai render o dia todo, pelo que eu posso prever. Quem morreu, quando e de que ele morreu? O tempo todo igual moedinha miúda.

- Ai, Jesus, a senhora Breen disse. Espero que não seja alguém muito chegado.

Também podia deixá-la com pena.

- Dignam, o senhor Bloom disse. Um velho amigo meu. Morreu bem de repente, o coitado. Problema de coração, eu acho. O enterro foi hoje de manhã.

Teu enterro é amanhã

E tu caminhas pelo campo.

Lairiráiri damdam

Lairiráiri...

– Triste perder os velhos amigos, os feminolhos da senhora Breen disseram melancolicamente.

Agora já é o bastante desse assunto. Apenas: com suavidade: marido.

- E o seu mestre e senhor? (202-27)

Eu estou procurando aquilo. Isso, aquilo. Tente todos os bolsos. Lenç. Freeman. Onde foi que eu? Ah, sim. Calças. Batata. Bolsa. Onde?

Pressa. Ande devagar. Momento a mais. Meu coração.

Sua mão procurando o onde foi que eu pus encontrou no bolso do quadril sabonete loção tenho de buscar papel grudado tépido. Ah, sabonete aqui eu isso. Portão.

Salvo. (1188-93)